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Correio Eletrônico

Psitacose
03/07/97

Um operário que trabalha em um aviário (criação de frangos para abate) estaria exposto a Psitacose?
Existe vacina para a Psitacose?
Há casos relatados no Brasil desta doença, principalmente em aviários destinados a criação de frangos para comercialização?
Grato pela atenção,
Robson
Psitacose é uma doença infecciosa causada por bactérias que infectam preferencialmente os psitacídeos (papagaios, araras, periquitos, etc), podendo eventualmente infectar o homem quando ele entra em contato com animais portadores - sãos ou doentes - ou ainda com secreções, dejetos ou produtos derivados dos mesmos, como ocorre em matadouros, aviários, granjas e indústrias que utilizam penas ou outros derivados de aves. Além de psitacídeos (os primeiros em que se descobriu a doença), numerosas outras aves (pombos, galinhas, canários, faisões, perus, etc) podem infectar-se e transmitir a doença; dai a denominação mais correta de ornitose em substituição a psitacose, já que esta última limitaria a enfermidade apenas aos psitacídeos.

O agente etiológico da ornitose é uma bactéria intracelular que pertence ao gênero Chlamydia (Chlamydia psittaci). Tais bactérias apresentam características ora dos verdadeiros vírus, ora das riquétsias e bactérias.

A via respiratória constitui a porta de entrada da bactéria, aqual é aspirada com poeiras provenientes de gaiolas ou logradouros contaminados por dejetos e secreções dos animais doentes ou portadores. A doença é enzoótica entre as aves, dada a promiscuidade em que elas vivem. A contagiosidade inter-humana é possível, mas não comum. Existe tanto entre animais como em seres humanos, sendo o portador responsável por surtos epidêmicos ou casos isolados. Parece que crianças e jovens são menos suscetíveis à doença do que os adultos.

No homem o órgão mais comprometido é o pulmão, que apresenta uma pneumonia atípica. Não existe vacina para uso humano. Nos últimos boletins epidemiológicos não encontrei nenhuma menção de casos de psitacose em trabalhadores em aviários, não sendo uma doença de notificação compulsória fica mais difí